segunda-feira, 25 de julho de 2011

1° Informativo da Adriana


Olá meus amigos e irmãos
Essa é minha primeira carta informativa desde que entrei na missão, e peço desculpas pela demora, pois é necessário testemunhar a obra de Deus.
                Desde 22 de abril de 2010, estou trabalhando na Atini- Voz Pela Vida, que é uma organização missionária que defende os direitos da criança indígena, e olha que não precisei ir longe para lutar na defesa a vida indígena.

BREVE HISTÓRIA DA ATINI

No ano de 2004 missionários que trabalhavam em aldeias indígenas por vários anos, testemunharam casos de infanticídio, especificamente quando estavam na aldeia Suruwaha, uma moça chamada Muwaji Suruwaha, viúva, que deu a luz a uma criança com paralisia cerebral. Vários são os motivos para o ato de matar crianças, como deficiência, geminares, filhos de mães solteiras entre outros.
Em pelo menos 30 aldeias isso é uma realidade, sabemos de que é um ato cultural, mas antes disso, são vidas. Muwaji foi contra sua cultura e decidiu não matar sua filha Iganani, saindo de sua aldeia com ajuda dos missionários, acabou aqui em Brasília para ter ajuda médica, Deus colocou no coração desses missionários de ajudar vários pais que não querem matar seus filhos. Brasília é um lugar estratégico já que não só o assistencialismo, a Atini luta na lei contra o infanticídio, várias famílias procuraram essa ajuda, e quando isso acontece, vamos à aldeia e é feito o resgate, hoje depois de muita luta a organização tem um bom espaço físico e com esse projeto mais de 15 crianças foram salvas, na organização atendemos a seis famílias que necessitam de ajuda médica para seus filhos. Neste ano foi aprovada pelos parlamentares a lei Muwaji, ainda faltam dois passos para a presidenta da o veredito final e Glória a Deus por todas essas maravilhas.


EU E MINHA VIDA NA MISSÃO INDÍGENA
Por ser uma missão transcultural, as dificuldades são muitas devido às diferenças, em algumas etnias,
por exemplo, os mais novos não podem chamar a atenção, corrigir ou criticar um mais velho, ainda que
a diferença de idade seja pouca, eu e meu marido já recebemos até ameaça de um indígena com arco e
flecha apontada para o peito apenas por pedir que apagasse o cigarro, e mulher na maioria das etnias
não tem vez, logo eu me envolvo com as crianças, cuido delas e ajudo as mães, e me privo a um “bom dia” aos homens, já meu esposo se envolve na ajuda com as crianças homens e mulheres, homens tem muito valor. Já a questão maravilhosa do evangelho é outra luta, as raízes culturais desse povo são muito forte, mesmo quando conhecem essa verdade, o completo entendimento de JESUS vem depois de gerações.
      
PEDIDOS DE ORAÇÃO

Bom, preciso da ajuda de vocês em minhas necessidades,
- Peço que orem por este ministério;
- Pela Atini, que costuma sofre bastante perseguição;
- Por nos missionários;
- Por minha família, eu, meu esposo Tiago e minha filha Marília;
- E peço também por meu Pai, para que sua vida seja transformada, orem mesmo, é um sonho ver meu pai em paz com Deus;
- Precisamos de um sustento maior também;
... Peço que orem e se Deus assim falar com vocês, que possam no ajudar nessa luta...
 
Obrigada e que Deus os abençoe.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

LICENÇA, MINISTERIO E SONHOS


LICENÇA, MINISTERIO E SONHOS
Como vocês sabem, eu, minha esposa Adriana e nossa filhinha Marília estamos passando nosso Primeiro mês de licença maternidade aqui em Samambaia, na casa da minha sogra e passaremos o segundo mês em Sobradinho, na casa da minha mãe, estaremos indo pra lá dia 17/07.
A nossa saída temporária da ATINI por motivos de ameaça e a reação contrária de alguns indígenas de lá nos trouxe certo receio em voltar para essa MISSÃO. Conversamos muito, oramos muito, compartilhamos algumas necessidades com alguns irmãos da missão e Deus nos deu uma palavra em
Hb 10: 38-39
         “ Mas o justo viverá da fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.
           Nós, porém, não somos daqueles que se retiram para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação da alma.”


Entendemos de forma dura, mas celestial, que temos que continuar ajudando aqueles que não têm força pra se levantar, as viúvas, os órfãos, os deficientes, todos esses que Ele tem colocado em nossas mãos.  A falta de gratidão também vinha nos trazendo um incomodo pessoal, mas nos lembrando da cura dos dez leprosos onde só um voltou para agradecer. É quase assim que tem acontecido com alguns indígenas.
Graças a Deus por Sua misericórdia. Todo esse mal estar quase nos frustrou diante do nosso ministério, mas vendo o lado positivo, Deus nos preparou esse tempo para um descanso desse lugar e nos trouxe mais perto dEle (sem contar que temos mais histórias pra contar nas igrejas agora, rsrsrs). Somos gratos a Deus por Sua misericórdia ter nos alcançado e assim não ter nos frustrado em nosso ministério.
                         Efésios 4: 1- 3
“ROGO-VOS, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.”

Passando por esse momento aguardamos a hora de voltar, mas não sabemos ate quando, queremos ficar por lá ate o final desse ano, mas estamos orando e esperando a confirmação de Deus nosso Pai.
Minha esposa e eu estamos com nosso coração inclinado para a JOCUM- DF. Eu gostaria que ela fizesse o mesmo curso que fiz, “ETED- Escola de Treinamento e Discipulado”, para que seu conhecimento e experiências aumentem. Temos sentindo muito forte em nosso coração em termos o nosso cantinho, nossa casa, e eu penso que de preferência no meio missionário. A JOCUM está terminando de comprar o seu terreno, onde estabelecerá sua base missionária com cursos e dando atenção especial para a comunidade.